Quem não quiser negociar individualmente seu contrato de trabalho deve seguir o acordo firmado entre o seu sindicato e a empresa, disse o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, nesta segunda-feira (30).
"O método negocial [do trabalhador com empregador] é voluntário. Quem não concorda, deve seguir seu sindicato", afirmou em almoço com empresários.
Ele disse que a lei trabalhista brasileira não foi pensada para o mundo atual, e que a internet e a "logística avançada" mudaram a forma que patrões se relacionam com empregados.
Questionado sobre a resistência de juízes contra a reforma trabalhista, Meirelles disse que "a lei existe para ser cumprida" e que temos que eliminar o conceito de "lei que não pega".
PREVIDÊNCIA
Após admitir que é muito difícil a aprovação da reforma da Previdência no ano que vem, pelo fato de ser ano eleitoral, Meirelles reiterou que, por isso, o governo tem de aproveitar os últimos 40 dias úteis de 2017 para que o projeto passe no Congresso Nacional. "É o momento ideal", disse.
O ministro defendeu que a reforma seja aprovada no plenário da Câmara com o mesmo texto aprovado pela comissão especial da Casa. Segundo ele, se isso ocorrer, serão mantidos 75% dos benefícios fiscais da proposta original. "Tem chance [de ser aprovado no plenário da Câmara]? Isso é outra discussão", acrescentou Meirelles.
Fonte: Folha de São Paulo/Estado de São Paulo